Amigos Conquistados

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Presidente

O que eu posso dizer? A essas alturas o coração dispara.
Dilma Presidente.
Que bom poder construir essa história.
É maravilhoso.

sábado, 16 de outubro de 2010

CARTA ABERTA DA COMUNIDADE FAFICH e UFMG Voto Dilma em Defesa da Ética, da Justiça Social e da Diversidade

Disponível em: https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGhsZFdfUXZYd3RnN0lubzh1NElfMFE6MQ para ser preenchido on line.


Consideramos que a ética, na condução de uma campanha política, não pode ser ultrapassada por uma simples vontade de vencer. Chegar ao poder a qualquer custo nos impossibilita de percebermos os limites éticos necessários para a condução da política. É preciso reafirmar a crítica aos modos autoritários, desonestos e elitistas de se fazer política como um caminho necessário para mantermos o respeito pelas conquistas históricas que nos constitui como povo.

Apesar de toda a violência instalada na constituição do estado brasileiro, precisamos identificar as forças progressistas que alimentam o desenvolvimento e a autonomia do povo brasileiro. Todos nós somos co-responsáveis pelos modos como os preceitos básicos da cidadania neste país são sustentados. Consideramos que a ética na condução da política, a justiça social e o respeito à diversidade humana são parte fundamental destes preceitos e, por isto, cada um de nós precisa se conscientizar de seu papel na superação dos entraves que impedem a expansão destes princípios.

Estas eleições trouxeram mais uma vez à baila a discussão alguns dos chamados temas polêmicos ou controversos. Embora de modo espetacularizado e simplificado as discussões sobre aborto, reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo e outros, trouxeram a tona toda densidade dos valores morais de nossa sociedade. A discussão em torno destes temas nunca será consensual, estes são temas polêmicos de difícil consenso e, por isso, estão afeitos ao legislativo onde a diversidade que nos constitui encontra seu lugar de disputa, embates e negociações.

De forma despolitizada e descontextualizada estes temas têm sido utilizados de todas as maneiras pelo candidato José Serra para atacar sua adversária, Dilma Rousseff, em total desrespeito às discussões, disputas e negociações que a sociedade brasileira vem tendo ao longo de muitos anos de nossa história. Estratégias como esta nos mostram como a velha política, ultraconservadora, na qual as versões antecedem está viva, pronta para se reciclar a cada instante, se recusando relegar seu vigor ao passado, este passado mesmo que histórica e cotidianamente lutamos para superar.

É nossa força de mobilização em torno do que acreditamos e defendemos que dita a força com a qual estes temas chegam ao nosso legislativo. Exigir que uma candidatura a presidência da república fique refém de disputas sobre as quais não pode decidir, porque este não é seu papel em uma democracia, é no mínimo desconhecer as funções do poder executivo em uma república e uma grave distorção ética na disputa eleitoral.

Neste contexto, esta campanha toca em uma questão fundamental para a democracia que são as relações entre o executivo e o legislativo. A candidatura José Serra, pelas formas que vem utilizando para tocar sua campanha e adentrar o espaço público brasileiro, anula uma boa parte de nossa historia de conquistas democráticas desde a proclamação da república em 1889.

Sem uma proposta programática, o candidato José Serra impõe uma gramática menor e mesquinha ao debate político atacando conquistas elementares de uma nação. Uma nação que custou muito para incluir a diversidade dos modos de ser e de viver em sua pauta política, embora esteja longe de incluí-la de fato. Uma nação que lutou pela liberdade de seus poderes e que gradativamente têm se constituído como um espaço de respeito à cidadania.

É importante recordarmos que em um curto espaço de tempo saímos de uma sociedade escravocrata para uma nação que busca o reconhecimento da diversidade racial e o respeito da diferença; da relação Estado/Igreja para autonomia do Estado laico e as liberdade e tolerância religiosas; da invisibilidade da mulher a um duro e ainda inconcluso processo de conquistas na esfera pública; do lugar do preconceito, da discriminação e da violência para com os “diferentes” para a legislação de garantia dos direitos individuais.

A justiça social é fundamental para um país que se quer desenvolvido e em busca de um papel relevante no cenário mundial. Portanto, nestas eleições o que queremos é a manutenção e a ampliação do espaço democrático que todos nós conquistamos. A ética na prática da política e uma ética da política, em uma campanha eleitoral, pressupõem o embate de projetos de nação. Precisamos nos apoiar em projetos que devem ser maiores que interesses eleitoreiros e oportunistas de última hora.

Repudiamos, pois, todo tipo de “campanha” construída e mantida neste diapasão, que enfraquece, empobrece e limita a tomada de consciência dos eleitores/as do Brasil, assim como cerceia e omite da opinião pública as condições de enfrentar, de fato, o debate que interessa à nossa nação democrática. Assim, defendemos que as políticas de estado de promoção da igualdade racial sejam realmente efetivadas em nosso país, que as políticas públicas para as mulheres, crianças e adolescentes sejam aprofundadas e expandidas, que as políticas da área fundamental dos direitos humanos, em sua variedade e diversidade, venham, de fato, a compor de modo propositivo a nossa agenda governamental, aquela que deverá ser responsável por dar continuidade à construção de um futuro realmente democrático e republicano para todos os cidadãos e cidadãs brasileiras/os como está estabelecido no Artigo 3º da nossa Constituição Federal de 1988:
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. (CF 1988).

Acreditamos que é a candidatura de Dilma Rousseff aquela capaz de, neste momento histórico, dar prosseguimento às conquistas por direitos com a efetiva expansão da justiça social e o reconhecimento de nossa diversidade, um movimento que apenas começamos a identificar no Estado laico brasileiro. É esta agenda aquela que será capaz, de fato, de reconhecer a força dos diferentes atores e atrizes sociais de nosso país e garantir-lhes o empoderamento social que reivindicam por direito e que devem ser experimentado na prática por uma questão ética, de solidariedade e de justiça social.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Comentário

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soseducaopblica disse...

Precisamos garantir os avanços, pois na hora do voto, temos o dever e a obrigação de escolher o que é melhor para todos. Nesta hora não devemos nos guiar apenas pelos nossos interesses pessoais, pois o bem estar do próximo será também o meu.

É curioso que em nome da religião, aqueles que estão atacando a Dilma se dizem defensores da vida, entretanto estão se esquecendo de lições importantes presentes no Evangelho que é o amor ao próximo, o perdão e a tolerância.

Sou contra o aborto, entretanto simplesmente boicotar a Dilma, não vai fazer diferença, pois na clandestinidade ele vai continuar sendo praticado e milhares de mulheres continuaram perdendo suas vidas. Podemos defender a vida e lutar contra do aborto sem apelar para a hipocrisia e o farisaísmo como vem fazendo os tucanos e a massa manipulada
por eles

Uma boa idéia seria a discussão em torno de uma educação sexual de qualidade, do desenvolvimento de políticas bem estruturadas de planejamento familiar, disponibilização da laqueadura no SUS, e principalmente ensinando à nossa juventude o respeito aos direitos do próximo nas escolas.

Os religiosos que estão engajados nesta campanha anti-Dilma, deveriam aplicar as suas energias promovendo uma evangelização real dos seus seguidores e lutando contra a mídia que promove a erotização das crianças e o tabu que envolve a discussão sobre o sexo.

O que vai realmente pode deter o número alarmante de abortos praticados no nosso país, que mesmo sendo proibido por lei é praticado, é a educação e a melhoria das condições de vida do povo. É a miséria que leva muitos casais a eliminar a nova boca excedente via aborto para não comprometer a sobrevivência dos filhos já existentes. O preconceito e a intolerância religiosa que leva muitas jovens evangélicas e católicas a abortar. Algumas denominações expulsam as jovens da Igreja e a família também adota o mesmo procedimento.

A lei apenas, pouco vai fazer para erradicar o aborto, mas a melhoria da educação laica e religiosa, e, sobretudo a diminuição das desigualdades sociais poderão fazê-lo.

Votarei na Dilma, pois vejo e aprovo a atuação do PT no combate à desigualdade social e na luta para melhorar a educação, coisa que para os tucanos deve ficar para o futuro. A solução da questão social para o Serra e o grupo que ele defende e representa, é na base do cassete e da repressão.

Votem 13 e mantenham o Brasil no rumo da dignidade, da igualdade social, da democracia e do bem estar social.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Lembranças

Quando o Carlinhos pisou pela primeira vez em um centro de terapia renal substitutiva, em 1992, as coisas eram muito difíceis. Até as informações eram poucas. Havia um pacto de silêncio em torno do tratamento. Lembro que, para ser construída a primeira fístula do Carlinhos, tivemos que comprar a linha de sutura a ser utilizada na cirurgia. Até exames que foram feitos naquela época, mesmo com o Carlinhos internado, nós precisamos pagar. Naquela época ainda não se fazia o teste para detectar o vírus da hepatite C e, provavelmente, em uma transfusão de sangue, o Carlinhos foi premiado com o ANTI HCV POSITIVO, descoberto tempos depois quando já estávamos em BH.

Lembro que, naquela época, mesmo em BH, não havia distribuição de medicamentos especiais para os pacientes renais crônicos e eles eram obrigados a receberem transfusões de sangue periodicamente para manter razoáveis os níveis de hemoglobina. Havia muita, muita dificuldade para se conseguir uma vaga na hemodiálise. Hoje o acesso ao tratamento está muito mais democratizado, mesmo que hoje ainda soframos com carência de vagas. Naquele tempo para um paciente renal crônico em programa de hemodiálise conseguir um cartão de passe livre só seria possível se um daqueles que tivesse o passe morresse para dar a vez para outro na fila.

Não sou uma profissional da saúde, sou apenas usuária do SUS. De um SUS que trata muito bem seus pacientes. Tivemos acesso, nesses 18 anos de tratamento aos melhores médicos do país, às melhores clínicas e, de 2003 para cá, o acesso a um avanço tecnológico impressionante no que concerne às terapias renais substitutivas. A melhora das máquinas de hemodiálise, a capacitação cada vez maior dos profissionais atuantes na área, a humanização do tratamento, tudo tem contribuído para a melhora da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos.

As coisas mudaram muito e mudaram para melhor. Há oito anos seria quase impensável um paciente optar pela DPA (Diálise Peritoneal Automatizada). Fosse pelos mitos que se formaram entre os pacientes renais crônicos (leia-se falta de informação), fosse pela dificuldade (leia-se impossibilidade) em se conseguir uma "cicladora". Como na propaganda eleitoral de Dilma, a cicladora poderia ser, naquela época, considerada "coisa de rico". Quando hoje os médicos e enfermeiros consideram a DPA como um tratamento às doenças renais crônicas.

O Brasil mudou para melhor em tudo nesses oito anos. Muito! Especialmente para os pobres. Sei, e aprendi isso de uma forma trágica quando perdi meu irmão há quatro anos, que ainda há muito que se fazer no país, principalmente na questão que envolve a saúde do povo brasileiro. Muito mesmo. Mas já foi muito pior. Lembro que já perdi um primo com dengue hemorrágica. No Pará em mesma já tive dengue duas vezes. Lembro que outro primo morreu com leptospirose por conta da demora de quase um mês no diagnóstico.

Há muitas lembranças ruins que guardo dos governos anteriores aos do Presidente Lula. Essas lembranças me fazem tremer ao pensar no retorno de um governo desses. Por isso, no primeiro turno das eleições para presidente votei em Dilma. E votarei nela novamente no 2º turno. Tenho certeza de que muito ainda há de ser feito pela primeira mulher a ser presidente do Brasil. Por isso que eu voto na Dilma.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O sonho e a realidade


Nesses dias muita coisa tem acontecido. Se os amigos blogueiros pudessem saber eu lhes contaria. Na verdade se eu pudesse falar todos se indignariam. Assim vamos vivendo em uma sociedade hipócrita, onde precisamos agir com estratégias para derrotar o sistema e fazer o que deve ser feito. Mas não me queixo, nasci assim, revolucionária. Nada me desanima. Nem mesmo a ignorância de certas pessoas que servem apenas de anéis para certos outros que se pretendem dedos.


Uma coisa que deixou impressionada foi o resultado das eleições. Não para presidente porque tinha certeza de que a candidata Dilma seria eleita no primeiro turno. Lamentavelmente há muitos velhos parasitas que sonham em se perpetuar no poder e que tentam a todo custo impedir a consolidação da democracia. Ainda não entenderam que democracia é o povo no poder, não o demônio no poder (apesar de muitas pessoas não acreditarem, o mal existe). E se utilizam das estratégias mais sórdidas para isso. Os revolucionários são, de certa forma, ingênuos, e acreditam na bondade e retidão do coração das pessoas. Esquecem que existe gente capaz de se vender por qualquer quantia. Até mesmo por quinze reais.


Mesmo assim sonho com uma sociedade justa. Onde os alunos possam ir a uma escola bem equipada, com professores bem formados que não precisem fazer voto de pobreza e de obediência ao sistema. Sonho com hospitais bem estruturados, sem essas filas de doença, com vagas suficientes nas UTI's, acesso a tratamentos e medicamentos à altura do que merecemos e das pesquisas desenvolvidas pelos cientistas brasileiros.


Sonho com muitas outras coisas que já venho postando aqui nesses 18 meses de trabalho. Alguns desses sonhos talvez eu consiga ver realizados. Outros eu vou beliscando pelo meio do caminho. Já disse aqui em outra ocasião que quem não luta não vence. Eu nunca desisto. E sinto que está chegando uma nova era. Nessas eleições minhas esperanças foram renovadas, assim como o Senado Brasileiro. É preciso acreditar em um futuro melhor e mais digno. Eu acredito.