Amigos Conquistados

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vestibular UFMG: Será o fim do mundo?

Hoje foi a reunião anual dos professores do Ensino Médio com a Comissão Permanente do Vestibular (COPEVE MG). Fomos convidados para participar dessa reunião. Algo que, pelo que eu fiquei sabendo, acontece todos os anos.

Hoje é que ficamos sabendo oficialmente que a primeira etapa do Vestibular será feita através do ENEM. E, para o espanto geral dos professores de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, que apenas quatro cursos (Teatro, Dança, Letras e Comunicação) farão prova de Língua Portuguesa na segunda etapa do vestibular de tão renomada Universidade Federal.

Confesso que me retirei do auditório da Reitoria, antes da reunião acabar em sinal de protesto, juntamente com todos os professores que lá estiveram. Fiquei meio abestada com a situação. Saímos todos muito revoltados deixando lá a Comissão que elabora a prova de Língua Portuguesa. Os professores perguntaram a si mesmos e aos honoráveis membros da Comissão: Que Prova?" Ninguém soube responder.

O golpe mais duro foi a retirada da Prova de Literatura do Vestibular. Uma festa para quem já não gosta mesmo de ler. Conversando com os colegas na sala dos professores, parcialmente refeita do abestalhamento (há que ter tempo para assimilar uma notícia dessas) chegamos à conclusão de que há sim um objetivo muito perverso na organização desses movimentos: Deixar as pessoas cada vez mais alienadas. Fazer com que elas não entendam mesmo o que os políticos dizem. Pão e circo para o povo, que agora vai fazer a redação do ENEM, a prova de Literatura do ENEM, e tudo o mais do ENEM.

Claro que tentaram explicar. Tentaram até colocar uma historinha de lei, Ministério Público, Juiz... Não colou. Sinceramente: É o fim do mundo não cobrar Literatura no Vestibular. Segundo explicações, o Juiz Fulano de Tal exigiu que as chances deveriam ser as mesmas para quem leu o livro e para quem não leu: todos deveriam ser capazes de responder às questões da prova de Literatura lendo ou não os tais livros.

E, pasmem, essa decisão da retirada da prova de Literatura não foi atrelada ao ENEM. Antes de a Universidade aderir ao ENEM tal decisão já estava tomada. Em março.

Como se diz lá em Belém, é uma avacalhação. Talvez alguém deva achar que Literatura não importa. Talvez não seja mesmo importante. E eu e milhares de professores estejamos enganados. Talvez não deva ser este o perfil de um estudante da laureada Universidade Federal: o de um estudante leitor. Talvez...

Ler pra quê? Estudar pra quê?

Silvia.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Gente:
Tem umas dúvidas que ficam martelando aqui na minha cabeça e quero compartilhar com vocês:
  • É certo isso de um trabalhador fazer greve por aumento de salário e ter como proposta do empregador um aumento na carga-horária?
  • É normal constituir uma comissão paritária para decidir sobre um assunto e, antes do fim das negociações, um dos "parceiros" anunciar uma decisão que ele tomou? Sozinho?
  • É possível pedir aumento pra hoje e receber só no ano que vem?
  • Será que Governador pensa que somos crianças?
  • Essa atitudes são aceitas por nós e a proposta está se firmando entre nós como aceitável porque nossas atenções estão voltadas para a Copa do Mundo?

Todos à Assembleia da categoria dia 17/06/2010. Precisamos dar uma resposta à Sociedade, ao governo, a nós mesmos.

Um abraço da Sílvia.